quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


O QUE APRENDI DA VIDA ATE AGORA


Com outra denotação eis minha nova vida.
Com meus pés calejados, nesses meus cinquenta e três anos,
tenho aprendido a duras penas, andar sozinha.
Já escrevi minha história na areia, o mar veio e apagou, não deixou nada para ser lembrado, nada para sofrer, nada para sorrir, apenas apagou porque não era importante. Fiz todo trajeto da subida, conheci o lado
bom da vida, e fiz também o caminho inverso, a descida, a tristeza, a angústia e a dor. Conheci o sabor doce da vida e agora terei o adoçante como sabor diet.
Diante d'uma nova realidade eu converso com meus sonhos, e também interrogo-os. Como é que pude ser tão distraída, dispersa a ponto de ser surpreendida com tantos desgostos?
Não vou olhar dentro da escuridão, procurando a luz perdida num túnel qualquer que a vida teima em me colocar. Arranho a vida, seguro-a pelos cabelos ate eu
ter um sorriso frouxo e leve, mesmo que embaçado entre lágrimas. Sei que ando sussurrando pra vida ter pena de mim. Mas minha razão vem, dá-me uma severa bronca, quem precisa de pena? Eu!
Sou um retrato inacabado e borrado numa parede d'uma sala abandonada. Esperando a mão do artista que venha terminar a obra e coloque um sorriso sutil e sereno na face borrada.
Neste momento  sou
uma nota musical que vaga procurando um bom ouvinte e que entenda a suavidade e a sua delicadeza. Sou uma canção inacabada num rascunho qualquer, sob um móvel empoeirado que o compositor perdeu a inspiração.
Sou aquele pássaro que aproveitou um descuido e escapou de sua prisão, mas que não sabe mais voar porque suas asas estão cortadas.
Sou livre... mas não consigo pular as muralhas que se levaram ao meu redor.
Que retrato feio esse que estou pintando de mim, nesse instante em que divago no silêncio de minh'alma.
O verão chegou quente e está indo embora deixando como lembrança o dia, o mês, o ano e a estação que descobri-me diabética. Amigos na tentativa de animar, me assustam, outros tantos com palavras de alento, uns com medo juntamente comigo. Outono virá e as folhas estendidas no chão farão o tapete macio, onde meus pés deverão seguir... com medo? Não!
Sou regrada quando se faz necessário, poderia ter sido antes, não fui. Agora não posso mais olhar pra trás e lamentar o que deixei de fazer, nada mais mudará. O ontem nao existe mais, o amanhã ainda nao nasceu
... resta-me o hoje, e hoje estou cuidando bem de mim, mesmo que temerosa, medrosa, chorona e apreensiva.
Sou otimista? Muito! Mas por favor, preciso desse tempo de lamentação, desse "chororô" pra erguer-me do chão novamente, sacudir a poera e dar a volta por cima.
Se cuida é tudo que mais ouço.
Não tenho outro caminho a não ser o tal "se cuida". Tudo que precisei fazer está feito, médicos especialistas, nutricionista, psicóloga e medicamentos. tudo que se faz necessário por ora está sendo feito. Só não posso prever o futuro, nem posso mudar o rumo dessa prosa.
Mas por favor, agora eu preciso chorar, preciso lamentar, preciso gritar, preciso rasgar essa angústia que se instalou no meu ser.
Não sei mais o que quero da vida, ou seja, sei sim, mas estou preferindo chorar, rasgar  essa angustia ao meio ate ver o fim desse medo todo.
Sei que 
feixes de luz ultrapassarão as cortinas anunciando boas novas e voltarei sorrir novamente, sabendo que há vida lá fora.
Como não posso pegar um vô
o nas asas d'um cometa e fugir da realidade, nem posso fazer como Raul Seixas pedir assim: Oh! Oh! Oh! seu moço do disco voador me leva com voce pra onde voce for... Oh! Oh! Oh! seu moço, mas não me deixe aqui enquanto eu sei que tem tantas estrelas por aí....
Vou deixar passar esse tempo nublado, de temporais com raios e trovões sob minha cabeça e esperar, porque dias melhores obrigatóriamente virão. Ficarei abrigada sob o teto da esperança, sabendo que dias melhores virão.
O que me conforta agora é saber que minha mãe conviveu com a doença durante quarenta anos e teve dias felizes, alegres, festivos... e não foram poucos, foram anos e anos de alegria, mas ela foi muito amada. Sinto tanta saudade dela. O convívio dela com a doença foi passifico, nem a doença a provocou  e nem ela deu chance pra ambras brigarem.

Hoje, agora, neste instante em que divago, gostaria de voltar no tempo, onde ser criança era rolar na grama no sítio da tia Nenê e tio Nizio e os animais eram selvagens. Onde o rádio do tio Nizio, ás 5 horas da madrugada, sintonizado nas ondas médias, musicas  caipiras a todo volume anunciava mais um dia de luta na roça para os homens, serviços domésticos e cuidar das "criações ( animais)" era tarefa das mulheres... e a criançada solta naquele mundão sem porteiras. O
cheiro do café feito no fogão de lenha e a polenta sapecada na chapa. O queijo fresco, o leite fresco, e o salame no porão com mofo na casca. Ovos mexidos, suco de uva e o vinho tinto perfumando e tingindo o copo. O pão caseiro provocando a fome, as cucas alemãs recheada de grãos de uvas, o doce duro de marmelo, as chimias de todo tipo de frutas, as compotas de doces e de legumes. O frango não era sertanejo, era caipira mesmo, o torresmo prensado...
As artes da criançada, os banhos no minúsculo riachinho. O pinhão sapecado nas grimpas sob o velho pinheiro. O boi bravo correndo atras da criançada entre gritos e risadas. Sulfatar a parreira puxando a mangueira ate nossos ombros descascar. Os figos comidos pelos passarios e outra metade era nossa porque eram os mais doces. As dálias e flores exóticas
no jardim...
Tratar os porcos no chiqueiro, as vacas na estrebaria... brincar na carroça indo buscar melancias... brincar na montanha de milho em espigas dentro do paiol. Cair dentro do riacho porque o cavalo se inclinou pra 
beber agua no riacho. A horta sem agrotoxicos repleta de tudo que se possa imaginar de verduras, legumes e temperos.
Nós, as crianças brincar de guerra de merda de vaca. Fabricar brinquedos, escorrecar nas cascas dos coqueiros...
Quem teve uma infância como eu tive não pode reclamar da vida.
 Mesmo morando na pequena cidade, sendo eu,
uma menina urbana, nossa Disney  era passar todas nossas férias na casa da tia Nenê. E resmungar muito de ter de voltar pra casa e ir pra escola. Férias lá na tia era julho e final de anos, na epoca, dezembro, janeiro e fevereiro...
 Hoje, somente saudades e lembranças, ótimas lembranças.
Deus sabe onde essa minha estrada terminará e como. Sei apenas que  vivi tudo com muita intensidade.
Não posso prever nada, nem posso antecipar nada. Não quero previsões assustadoras, quero apenas crer que milagres existem, eu sei que existem...

Marilena Salete Ribeiro
Videira -  Santa Catarina
28/2/2013

Este texto encontra-se protegido pela Lei Brasileira nº 9.610,de 1998, por leis e tratados internacionais. Direitos autorais

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

ENTRE AS COLINAS


Khalil Gibran

Entre as colinas,
quando vos sentardes à sombra fresca
dos álamos brancos,
partilhando da paz e da serenidade dos campos
e dos prados distantes,
então que vosso coração diga em silêncio:
"Deus repousa na Razão".
E quando bramir a tempestade,
e o vento poderoso sacudir a floresta,
e o trovão e o relâmpago proclamarem
a majestade do céu,
então que vosso coração diga
com temor e respeito:
"Deus age na Paixão".
E já que sois um sopro na esfera de Deus
e uma folha na floresta de Deus,
também devereis
descansar na razão e agir na paixão.

DIABETE TIPO 1


É também conhecido como diabetes insulinodependente, diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado. Neste tipo de diabetes a produção de insulina do pâncreas é insuficiente pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. O diabetes tipo 1 embora ocorra em qualquer idade é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens. 


FONTE: http://www.diabetes.org.br/diabetes-tipo-1#sthash.EDYTcvxh.dpuf

DIABETE TIPO 2



É também chamado de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto e corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com maior frequencia em jovens , em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de insulina porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. Por ser pouco sintomática o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro. 


FONTE: http://www.diabetes.org.br/diabetes-tipo-2#sthash.WCiv5vCw.dpuf

BOM DIA CRIANÇAS DE TODAS AS IDADES!


Hoje eu mereço flores e todos vocês que estiveram comigo, seja numa palavra de coragem e conforto, seja num abraço real, seja num momento que ouviram eu chorar e nos meus desabafos tiveram uma mega paciência com minhas repetições lamentosas.
Nesses ultimos dez dias, meu pavor é ser obrigada ir medir minha glicose com a moça que cuida so de diabéticos. Foram assim desde o primeiro dia: laboratorio 895 - 765 laboratorio - 598 - 465 - 325 - 290 - 214 - acho que perdi algumas, e hoje, vitória, estou com 166... 
Se tenho que adentrar nesse mundo e conviver com isso, que seja então para superação. 
Enfim, um dia acordar com medo, e seguir o dia feliz da vida.


Aprendi

William Shakespeare

“ Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém.
Posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e
Ter paciência, para que a vida faça o resto.
Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim,
tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.
Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e
destruí-la em apenas alguns segundos.
Que posso usar o meu charme por apenas 15 minutos,
depois disso, preciso saber do que estou falando.
Eu aprendi...
Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.
Que por mais que se corte uma pão em fatias,
esse pão continua tendo duas faces,
e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.
Aprendi...
Que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser, e devo ter paciência.
Mas, aprendi também que posso ir além dos limites que eu próprio coloquei.
Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.
Que os heróis são pessoas que fazem o que acham que
devem fazer naquele momento, independentemente do medo que sente.
Aprendi que perdoar exige muita prática.
Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.
Aprendi... Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente
daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas.
Aprendi que posso ficar furioso,
tenho o direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.
Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis,
pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.
Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando,
e que eu tenho que me acostumar com isso.
Que não é o bastante ser perdoado pelos outros,
eu preciso me perdoar primeiro.
Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo,
o mundo não vai parar por causa disso.
Eu aprendi...
Que as circunstâncias de minha infância são responsáveis pelo que eu sou,
mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto;
Aprendi que numa briga preciso escolher de que lado eu estou,
mesmo quando não quero me envolver.
Que, quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiem;
e quando duas pessoas não discutem não significa que elas se amem.
Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos,
eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.
Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre,
em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.
Aprendi também que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.
Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.
E que amigos não são apenas para guardar no fundo do peito,
mas para mostrar que são amigos.
Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira,
mesmo que desejemos retê-las para sempre.
Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil,
não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.”


Tipos de diabetes



Há três tipos de diabetes: diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional.

Diabetes tipo 1 – É também conhecido como diabetes insulinodependente, diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado. Neste tipo de diabetes a produção de insulina do pâncreas é insuficiente pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. O diabetes tipo 1 embora ocorra em qualquer idade é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens.


Diabetes tipo 2 – É também chamado de diabetes não insulinodependente ou diabetes do adulto e corresponde a 90% dos casos de diabetes. Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com maior frequencia em jovens , em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de insulina porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. Por ser pouco sintomática o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro.


Diabetes Gestacional – A presença de glicose elevada no sangue durante a gravidez é denominada de Diabetes Gestacional. Geralmente a glicose no sangue se normaliza após o parto. No entanto as mulheres que apresentam ou apresentaram diabetes gestacional, possuem maior risco de desenvolverem diabetes tipo 2 tardiamente, o mesmo ocorrendo com os filhos.

FONTE: http://www.diabetes.org.br/tipos-de-diabetes#sthash.iPvZFFOH.dpuf

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


DIETA ESTABELECIDA PELA NUTRICIONISTA NESTE PRIMEIRO ESTÁGIO DA DIABETE


CAFÉ DA MANHA: 1 XICARA DE CAFÉ COM LEITE SEMI DESNATADO COM ADOÇANDO   
                               

                                  Á BASE DE SUCRALOSE

                                 1 FATIA DE PÃO INTEGRAL COM MARGARINA

                                1 FRUTA



MEIO DA MANHÃ:  1 FRUTA COM 1 COLHER DE SOPA DE CERAL ( AVEIA) - OU LINHAÇA
                                   OU AMARANTO



ALMOÇO;   LEGUMES E VERDURAS (METADE DO PRATO)

                     1 CONCHA MÉDIA DE FEIJÃO (TODOS OS DIAS)

                    4 COLHERES DE CARBOIDRATOS (ARROZ INTEGRAL, - OU MACARRAO       

                    INTEGRAL,  OU BATATA -  OU POLENTA, OU HOQUE )

                    UMA CARNE DO TAMANHO DA PALMA DA MÃO OU 1 OVO COZIDO




TARDE:      1 FRUTA E 1 COLHER DE AVEIA OU

                   1 XICARA DE CAFE COM LEITE OU

                    1 IOGURTE DIET OU NATURAL OU

                   1 XICARA DE CHÁ COM 5 BISCOITO AGUA E SAL



JANTAR:  1 PRATO DE SOPA DE LAGUMES COM CARNE   OU

                 1 XICARA DE CAFÉ COM LEITE  E 1 FATIA DE PÃO INTEGRAL COM MARGARINA

                 E 1 FRUTA



TOMAR DURANTE O DIA: 2 XICARAS DE CHÁ DE PATA DE VACA E
                
                                              1 XICARA DE CHA DE AMORA BRANCA



AGUA DE COCO MODERAMENTE DURANTE O DIA

        

Hoje, trafegando por um caminho desconhecido, por mim, por minha vida, por meu ser. 
No dia 20 de fevereiro de 2013 dei entrada no pronto socorro com a minha glicose em 895. Boca e unhas roxas, sufocada, difícil respiração. Diagnóstico, diabética! Com risco de vida.
Chorei de fazer eco naquele corredor! Foi um dos prantos mais tristes que já chorei nesses meus 53 anos, mas além da tristeza, era medo, muito medo da doença. Nove dias se passaram, ainda corro risco de vida.
 Vou relatar aqui o que vi da vida antes de ser diabética e o que a vida me reservará caso ela me permita sair viva.... Ainda estou dentro d'uma dieta extremamente severa, controle diário de tudo. Ainda sinto um cansaço muito grande, peso nos braços e pernas.
Durante 6 anos tentei parar de fumar, e milagrosamente em 13 de janeiro de 2011 consegui parar para sempre. Acontece que parei por mim mesma, por conta e risco meu, sem ajuda médica e resultado foi um ganho de 26 kilos. Fui para 96 kilos, redondinha e feliz porque dois anos tinha se passado e fumar ficou no breu do meu passado. Era hora de pensar em perder peso, e uma vida nova principiava.
Nem no meu pior pesadelo eu imaginei que iria emagrecer 14 kilos em um mes, sem dieta. 
Ô lá em casa! 
Menopausa, calorão, suor, verão, quentura no rosto e associe a sede do utlimo mês com a menopausa. Claro que quem toma água, faz xixi. 
Estou me sentindo como se tivessem me amordaçado e me jogada num porão escuro pra chorar ate cansar. Acabei de embarcar numa viagem sem volta, e essa viagem não comprei a passagem e nem escolhi o roteiro. Foi-me imposta essa viagem sem pena e nem dó. Já tenho saldo positivo no céu, porque tenho pago meus pecados em vida.
Quem foi que disse que eu queria ser protagonista desse filme de terror? Pelo menos fosse uma comédia!
Agora, com uma dificuldade imensa de enxergar, sequelas da glicose ter ido a um pico altíssimo, estou aqui iniciando uma nova jornada e partilhando com voces a minha nova vida. Aqui não será um espaço somente de lamentos, sei que ao longo do tempo teremos informações, outros blogs, relatos de amigos e amigas diabéticas. Mas aqui iremos trocar experiências, e tudo que possa trazer uma qualidade de vida para todos nós diabéticos.
Queira Deus que meu diabete não seja mais um predador, ceifando ainda mais a minha alegria de viver. 
Preciso aprender novamente sentir o prazer de viver. 
Não me assusta tirar os doces da minha vida, porque posso conviver com os diets, me assusta não saber como meu organismo irá responder a essa novidade, diabete. 
Por ora, creio ser eu uma diabética tipo 2. 
O medicamento, ( 3 comprimidos  por dia ) Metformina 850 mg causou-me dias de diarreia, náuseas, vômitos, sono, cansaço e sem forças pra nada. A ultima vez que medi minha glicose foi ontem, tenho de medir em jejum e outra medida duas horas após o almoço, exatamente duas horas apos almoçar. Apos o almoço estava em 214. 
Logo mais terei mais uma medição em jejum.
Não há atalhos para fugir da doença, sei que será um terreno sinuoso ate me adaptar a essa vida que se apresenta. Estou com medo, não nego!
Como irei gerenciar essa vida cheia de regras, repleta de incertezas, medos e solidão? Que contabilidade há de ser feita d'uma vida sem números exatos, sempre tudo inesperado? Entrei num mundo invisível e aos poucos terei de desbravar esse desconhecido e abrir frestas.
Agora é torcer para ser uma sobrevivente de mais uma tempestade que a vida me oferece. Tenho dormido com temporal na minha cabeça. Acordo com os olhos marejado, e silenciosa fico o dia todo.
 Sei também que milagres existem, que as fronteiras não delimitam territórios intransponíveis.
Agora, eu só busco a coerência dos meus pensamentos, algum otimismo, e a minha alegria que se escondeu em algum canto escuro dentro de mim. 
A dieta será minha carcereira. Mas nem é todo ruim, porque toda dieta deveria ser encarada como qualidade de vida. Vida saudável.
Preciso mais que nunca a lucidez, a racionalidade e auto-controle. Por ora so preciso chorar, por pra fora essa dor e o susto. O desafio que se apresenta pra mim no momento é grande. Mas, me conheço bem, logo estarei pronta pra encarar mais esse desafio e com sorte subir no pódio da vida e gritar a vitoria.
Eu não tenho vocação pra lamentos duradouros, mas ando carente sim. Ando me sentindo muito sozinha. Minha irmã tem me ajudado muito em todos os sentidos. Meu filho ausente, vez em quando aparece, e minha nora tem a vida dela, os parentes dela. Senti a ausência dela nesses 9 dias que adoeci beirando a morte. Isso me deixa triste! 
Nunca mais vou permitir que pessoas me firam, me machuquem gratuitamente. Tenho plena certeza que essa doença adquiri devido a tristeza. Não vou esconder, como sempre fiz, as pessoas que me magoam, me julgam, e só presto quando estou servindo de capacho. È inadmissível eu perder tudo que tinha em função dos outros  e quando mais preciso, estão ausentes porque eu não faço mais parte de suas vidas. 
Estou agora impotente, sem forças, sem coragem... mas sendo eu uma sobrevivente irei de encontro a um mundo novo, uma nova historia, um novo momento, com ou sem diabete eu vou mudar o rumo da prosa comigo. 
Ontem, no facebook li uma frase sobre o perdão. "Perdoar é fazer uma limpeza interior. Tirando o lixo interior que alguém deixou em voce". Isso mesmo, e de preferência que esse lixo leve a pessoa que causou pra bem longe do nosso coração. 
Agora atravesso o escuro da noite sozinha! Eu e meus medos, meus demônios interiores atravessamos a noite silenciosa, mas com certeza o amanhecer virá com um céu azul, um sol radiante e perfume de flores no ar.
Diabete, somos nós nessa jornada, que seja a melhor e mais saudável história vivida..
Por não sair ilesa da vida, sem ferimentos, eis aqui uma vida nova de lamentos, de vitorias, de relatos, de descobertas, de vitorias... sendo assim: vida nova que venha, mas que venha pronta pra ser vitoriosa porque eu não admito ser uma perdedora. 

Sigam-me nessa nova vida, teremos muito para aprender e aqui já nem é mais uma página em branco, dei inicio a uma nova história e com certeza de vitórias... e pra começar bem, eis a minha oração pra todos nós diabéticos do mundo:




SALMO  PARA CURA DE DOENÇAS ( 29/30).

Eu te exaltarei, Senhor/ pois tu  me reergueste e não deixaste que meus inimigos se divertissem à minha custa./ Senhor meu Deus, a ti clamei por socorro, e tu me curaste./ Senhor , tiraste-me da sepultura; prestes a descer à cova, devolveste-me à vida./Cantem louvores ao Senhor, vocês, os seus fiéis; louvem o seu santo nome. / Pois a sua ira só dura um instante,  mas o seu favor dura a vida inteira; o choro pode persistir uma noite, mas de manhã irrompe a alegria. / Quando  me senti seguro, disse: jamais serei abalado! / Senhor, com o teu favor, deste-me firmeza e estabilidade; mas quando escondeste a tua face, fiquei aterrorizado./ A ti, Senhor, clamei, ao Senhor pedi misericórdia: se eu morrer, se eu descer à cova, que vantagem haverá? / Acaso o pó te louvará? Proclamará a tua fidelidade?/ Ouve, Senhor, e tem misericórdia de mim; Senhor, sê tu o meu auxílio./ Mudaste o meu pranto em dança, a minha veste de lamento em veste de alegria, para que o meu coração cante louvores a ti e não se cale.Senhor, meu Deus, eu te darei graças para sempre. Amém.